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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O paradeiro da morte...


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'O meu coração fartou-se de bater. Conformada fecho os olhos e digo baixinho ‘Adeus vida… ‘ e num último suspiro, tranquilo e sereno, completo ‘…vais sentir saudades minhas…’. Eu já sabia que isto um dia havia de acontecer-ME. Com a sorte que eu tenho, até já andava a estranhar não ter acontecido antes! Enfim… Diz a morte que ninguém está preparada para ela. Apetece-me rir, mesmo à frente da tua fuça cadavérica, morte miserável. Fui toda a vida Ricardo Reis para te fintar. Se pensavas que iria batalhar, ficar histérica assim que te visse aproximar, enganaste-te redondamente. Aqui estou eu, minha brisa do mar, leva-me no teu barco pois é com a tua chegada que a minha vida irá começar….'

** Maria S. **

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desvaneios...


Era uma vez… era uma vez uma história sem princípio ou fim. Onde eternamente significa ontem e o tempo que ainda não vi chegar. É uma história pequena porque se resume a nós, e ao mesmo tempo grande porque fala sobre mim e o mistério do «eu ser». Ninguém a narra, escreve-se sozinha, com cada passo que dou, com cada olhar que lanças, com todas as emoções que se enroscam uma na outra ao ponto da indistinção: era afinal uma história com final feliz ou triste? Não sei, quero perguntar a alguém: tu sabes? E a única coisa que sei é que estamos a caminhar sobre ela, mesmo quando largamos as mãos para acalmarmos esta máquina que insiste em doer. Afinal, foi uma vez… um coração que de tanto pensar deixou de o ser… morreu… porque encontrou a Razão.
Era uma vez uma história que se repete sem fim…

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Excertos de mim

"Vejo o meu rosto sujo e distorcido. A minha imagem reflectida na poça de água que foi criada pela última chuva que antecedeu o calor avassalador que se faz sentir nestas planícies. Vou sentar-me em qualquer sítio. Afinal só quero apanhar uns raios de sol. E dou por mim a pensar, novamente com receio. É sexta-feira 13, a única deste ano. Sinto o meu sangue a correr mais depressa e um arrepio a subir-me, não desde a espinha mas desde a ponta dos pés. Não sei o que são superstições, nem feitiços, nem sequer sei de que se trata este dia. No entanto, conheço de côr este lugar que é comum a tantos como eu. Este medo de abrir os olhos de manhã e ver que ainda respiro. E que arrastei os problemas do dia anterior para o dia presente. Fechei os olhos e eles nem sequer desapareceram como que por magia… adormeceram comigo, mesmo ali ao meu lado. Sentei-me mesmo no chão, encostada à parede pincelada a cal. E nem sequer me preocupo com o pó branco que vai esbater a cor do meu top e que me vai manchar a pele de branco. Deixei-me dessas futilidades, penso eu, virando a cara em direcção ao sol, sorrindo triunfante como se tivesse acabado de pensar algo que poderia muito bem perdurar na História. Fico assim. "

domingo, 29 de junho de 2008

Porquê?



Sem querer roubar o brilho ao título da música dos Anjos, porquê talvez seja das perguntas mais pertinentes que nós fazemos na vida.... nem que seja para encalharmos no 'porque sim' habitual e cómodo. Mas porquê? Afinal, não há necessidade nenhuma! Chega o Verão e lá voltamos ao mesmo de sempre, é por causa da celulite (essa desgraçada!), das gordurinhas, das estrias, e basicamente por causa de tudo e de nada! Passei um bom bocado a navegar por páginas de blogs de dietas onde se viam medidas, escalas, conselhos. Aceito tudo isso e até concordo com algumas coisas! Mas acho que chegou o momento de gritar bem alto: Hellooooooooo???!!!! Será que ainda não nos apercebemos que damos demasiada importância e perdemos demasiado tempo a tentar parecer alguém que não somos? (ainda que isto nem sempre funcione para me elevar o ego naqueles dias em que me sinto uma autêntica baleia azul) Mas tenho momentos de lucidez e ainda bem... porque nós estamos constantemente a limitar-nos. Não vamos à praia porque parecemos uns bisontes, como li algures, e até pode ser que sim mas sejamos sinceras, no momento em que sentimos o cheiro do mar, o sol a bater na cara e estamos rodeados de gargalhadas de amigos que nos adoram, quando experimentamos momentos genuínos de felicidade... (admitam) alguém se lembra que ainda faltam 10 kilos para chegar ao peso ideal? Eu não... porque tenho demasiado amor à vida para não a viver.


Agora vamos à segunda parte:


Eu sei o que é querer adormecer e acordar daqui a um ano linda e maravilhosa. Cheguei a um ponto em que não dava mais. Estava com excesso de peso e sou a primeira a admitir que isso incomodava-me. Primeiro por uma questão de estética- estava farta de ir à Zara e tudo me ficar mal, daí eu ter desenvolvido uma obssessão por maquilhagem, assim evitava a depressão de algo não me servir- e depois por uma questão de saúde. Por isso decidi, não fazer uma dieta no sentido vulgarmente conhecido, mas fazer uma reeducação alimentar. E como puderam ler atrás, as minhas prioridades estavam desde do princípio trocadas. Não deveria ser primeiro (e sempre) a saúde e só depois o 86-60-86? Em 9 meses, emagreci 15 kilos. Saí de uns desconfortáveis 84 para uns aceitáveis 69. Se custou? Muito, demais mesmo e ainda custa. Mas renasci. Tornei-me uma pessoa mais activa- o exercício foi a grande cúmplice nesta perda de peso- sinto-me mais segura no entanto não posso dizer que mais feliz. Porque feliz sempre fui. E ainda hoje há dias em que acordo e sinto que ainda carrego os 84 kilos e há dias em que parece que tenho 58. Pode ser até cliché mas é inteiramente verdade: somos umas eternas insatisfeitas-ponho no feminino porque dá um ar de maior intimidade :P.

Por isso, dêem um descanso a vocês mesmas, façam 'dieta' mas não pensem constantemente que estão sob regime. Pensem que estão a tornar-se pessoas mais saudáveis. Comam uma salada de pêra abacate e beterraba com naturalidade. Façam exercício não só com a imagem do peso na balança a descer mas a pensar que estão a prolongar a vossa vida. Eu sei que é difícil, só Deus sabe o que tive de me segurar para não atirar a balança janela fora ainda esta manhã... Mas aqui estou eu. E como diz a publicidade: vá lá! Não custa nada :)